As primeiras manifestações de distúrbios do sono são dores de cabeça, alterações no humor, na memória e nas capacidades mentais, como aprendizado e raciocínio. Outro sintoma muito comum é o ronco, que ainda é erroneamente interpretado como sinal de um sono de qualidade, o que não é verdade.

Os distúrbios do sono mais comuns são insônia, a apnéia obstrutiva do sono (obstrução das vias aéreas, levando a uma parada na respiração), o sonambulismo e a síndrome das pernas inquietas (agitação involuntária de membros inferiores e, em alguns casos, também superiores), além do sono insuficiente e o atraso de fase de sono.

Algumas dicas para uma melhor qualidade do sono são:

- pelo menos duas horas antes de dormir, tomar um banho, ler um pouco e relaxar.

- evitar ficar pensando no dia seguinte quando está na cama.

- evitar assistir TV ou usar o celular na cama.

- evitar bebidas estimulantes como o café e refrigerantes, e também as bebidas alcoólicas à noite.

- fazer atividade fisica regularmente (antes de 19h, preferencialmente).

- tentar manter um horário regular para deitar e levantar.

É importante que, diante de qualquer alteração na rotina de sono sem uma causa aparente, a pessoa procure ajuda médica.

A Doença de Parkinson é uma doença neurológica à princípio notada por afetar os movimentos da pessoa.

A causa é a degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra, que produz a dopamina, um dos principais neurotransmissores cerebrais. A falta ou diminuição dela afeta o controle dos movimentos.

A lentidão (ou bradicinesia) é o maior problema para o paciente parkinsoniano, associada à rigidez muscular e ao desequilíbrio da marcha. Tremores de repouso na mão, unilaterais no início, apesar de chamativos não estão presentes em todos os pacientes de forma relevante.

Notam-se ainda a redução da quantidade de movimentos (inclusive no rosto, o que dá um aspecto de "máscara"), os distúrbios da fala, a dificuldade para engolir, e os menos conhecidos sintomas não motores, como depressão, declínio cognitivo, dores, constipação intestinal e hipotensão, por exemplo.

De forma curiosa, sintomas como perda do olfato e sonhos acompanhados de movimentação anormal (sonhos vívidos) podem aparecer vários anos antes do início dos sintomas motores.

Embora não exista cura para a doença, ela pode e deve ser tratada. Diante do aparecimento de alguns destes sintomas, procure um médico.

A Covid-19, que deixa um rastro de mais de 690 mil mortes no Brasil, tem dado sinais de controle após a vacinação em massa. O que pouca gente sabe é que a doença, letal em alguns casos, pode deixar sequelas neurológicas naqueles pacientes que conseguem se recuperar.

Nos diversos estudos realizados, foram apontados como sintomas mais comuns após a infecção: fadiga, alterações cognitivas (perda de memória, dificuldade de concentração), distúrbios do sono, ansiedade e depressão.

Se você teve Covid-19 e apresenta alguns destes sintomas, pode ser uma sequela da infecção. Na próxima consulta, não deixa de relatar a seu médico.

Em 01 de dezembro é comemorado o Dia Internacional da Luta Contra a Aids. Nesta data tem início também a celebração do dezembro vermelho, Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras DST’s. Pouca gente sabe, mas algumas doenças sexualmente transmissíveis, quando não tratadas, podem afetar o Sistema Nervoso Central. Um exemplo disso é a sífilis, que pode ainda causar danos ao coração e até mesmo nos ossos.

Outro exemplo é o HIV, que pode alterar as funções cognitivas graças à infecção das células do Sistema Nervoso Central, causando perda progressiva de memória, dificuldade na execução de tarefas como cálculos matemáticos, ou mesmo demência. Além disso, existe o fator psicológico, onde a pessoa portadora de HIV pode desenvolver quadros de ansiedade e depressão.

Por isso, é fundamental o uso de preservativos durante o ato sexual. E, como sempre alertamos, diante de qualquer sintoma, é imprescindível procurar ajuda médica.

A enxaqueca é uma dor de cabeça forte ou moderada, geralmente acompanhada por outros sintomas, como a sensibilidade à luz, ao som e aos movimentos, além de náuseas e vômitos. É justamente a presença destas características que a diferenciam de uma simples dor de cabeça (ou cefaleia tensional).

Além destes já citados, outros sintomas da enxaqueca são: dor localizada geralmente em apenas um lado ou região da cabeça; sensibilidade a cheiros; irritabilidade; perda de concentração e tonturas.

Há a possibilidade de aparecerem sintomas sensoriais especiais, como alterações visuais (pontos brilhantes, escurecimento do campo visual ou visão turva) e alterações de sensibilidade cutânea (formigamentos ou adormecimento de membros ou na face); raramente podem ocorrer dificuldade de fala ou fraqueza muscular. É o que chamamos de enxaqueca com aura.

Não deixe de procurar um médico se notar qualquer dos sintomas. Enxaqueca tem tratamento!

A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou mesmo minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se para outro hemisfério cerebral.

Sua causa muitas vezes é desconhecida, mas pode ser consequência de lesões cerebrais de causas diversas (AVCs, ferimentos na cabeça, traumas cranianos ou sofrimento fetal na hora do parto, infecções no sistema nervoso central, tumores) e outras doenças neurológicas e genéticas.

não ter uma cura permanente, o tratamento para doença avançou bastante e, na maioria dos casos, é possível reduzir ou mesmo controlar completamente as crises em uso da medicação adequada para cada caso.

Por isso, é importantíssimo procurar ajuda médica diante de sintomas característicos:

- quando a pessoa se sente "desligada" ou pouco responsiva por alguns instantes e isso inclusive é relatado por testemunhas;

- quando o indivíduo apresenta distorções de percepção, ou movimentos descontrolados temporariamente;

- quando o paciente perde a consciência, cai e apresenta posturas e movimentos incontroláveis (a convulsão, o tipo mais conhecido das crises epilépticas).

Como o tema é bastante amplo, em breve voltaremos a tratá-lo em nossas postagens, não deixe de conferir.

Um dos riscos frequente que a diabetes traz para a saúde é a neuropatia diabética, uma das principais queixas que temos no consultório e que se caracteriza pelo dano ou disfunção de um ou mais nervos, resultando em alteração da sensibilidade, dor na área afetada e até fraqueza muscular.

O problema é causado por altos níveis de glicose no sangue, prejudicando o sistema nervoso periférico em qualquer parte do corpo. Essas complicações interrompem a maneira como os neurônios se comunicam entre si e com o cérebro, influenciando a capacidade de sentir, de se mover e até de controlar funções autonômicas, como a pressão arterial em ortostatismo e a função sexual.

Os sintomas de neuropatia diabética aparecem gradualmente e variam conforme as áreas afetadas. Os mais comuns são: perda do sentido do tato, com dormência nas mãos e principalmente nos pés, formigamentos nos membros afetados, dificuldade ao caminhar (desequilíbrio), dor em queimação, choque ou ardência nos membros, fraqueza muscular, indigestão, dentre outros.

A melhor maneira de diminuir a probabilidade de desenvolver a doença ou reduzir seus sintomas é manter os níveis de glicose no sangue controlados. Caso você seja portador de diabetes, não deixe de procurar um médico para o devido acompanhamento da doença.

Mais comum em mulheres, a síndrome do túnel do carpo é uma neuropatia comum, iniciada pela compressão de um nervo (o mediano) no canal do carpo (espécie de túnel rígido, localizado entre a mão e o antebraço, por onde passam 9 tendões, além do nervo citado).

Diabetes, obesidade, traumas locais, artrite reumatóide, alterações hormonais (hipotireoidismo, gravidez), certos medicamentos (alguns usados no tratamento do câncer de mama, por exemplo) predispõem ao problema. Movimentos repetitivos das mãos com aplicação de força e vibração também podem causar a doença.

Os principais sintomas são a sensação de formigamento e dormência nas palmas das mãos, principalmente no polegar, dedo indicador, dedo médio e na metade do anelar. O quadro pode evoluir com dor e em casos avançados até fraqueza, gerando dificuldade de manipular pequenos objetos e até mesmo executar tarefas simples, como descascar uma fruta, por exemplo.

Uma dica para se desconfiar do diagnóstico é quando os sintomas aparecem durante o sono ou logo após o despertar, e/ou quando a pessoa posiciona os braços em suspensão ou carrega objetos mais pesados, por exemplo - tipicamente alivia ao sacudir as mãos e mudar a posição.

Diante de qualquer um dos sintomas, não deixe de procurar um médico e fazer uma avaliação, pois cerca de um terço dos casos necessita de tratamento cirúrgico.

Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Mental, a Síndrome de Burnout consiste em um quadro emocional, caracterizado por estresse, esgotamento físico e exaustão extrema ocasionados por uma rotina de trabalho desgastante. O distúrbio é muito comum em profissionais que vivem constantemente sob pressão, com muitas responsabilidades. Quando não diagnosticada a tempo, a síndrome pode levar a um quadro grave de depressão.

Além dos sintomas já citados, o Burnout também se caracteriza por:

• Dores de cabeça frequentes;

• Insônia;

• Alterações no apetite;

• Negatividade constante e sentimento de derrota;

• Pressão alta e alteração nos batimentos cardíacos, dentre outros.

Caso você esteja sentindo alguns destes sintomas, entre em contato conosco.

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica, de causas genéticas, que aparece ainda na infância e geralmente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. É caracterizado basicamente por desatenção, inquietude e impulsividade.

Além da hereditariedade, a prematuridade/baixo peso e a exposição pré-natal ao tabagismo aumentam a chance de o indivíduo desenvolver TDAH.

Estima-se que o distúrbio atinja cerca de 8% das crianças em idade escolar, com uma incidência maior em meninos. Em adultos, depressão, transtorno de ansiedade e abuso de substâncias estão frequentemente associados ao TDAH.

Além da dificuldade de concentração, a pessoa frequentemente é desorganizada, tem dificuldades para terminar tarefas, adia o início de trabalhos mais exigentes e se sente inquieta mesmo nos momentos de folga. Tudo isso gera prejuízos acadêmicos, profissionais e sociais.

Por isso, diante de qualquer um dos sintomas, a recomendação é procurar ajuda médica para um diagnóstico correto.